Mesmo após a fase mais crítica da pandemia, as montadoras ainda não têm muito o que comemorar. Fatores como guerra, falta de semicondutores e lockdown na China derrubaram em 5% a produção de veículos no primeiro semestre de 2022, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ainda assim, a projeção anual se mantém positiva e prevê um crescimento tímido de 4%.
De acordo com a associação, cerca de 1.091.700 veículos foram fabricados de janeiro a junho deste ano. Esse número é 5% menor do que as 1.149.100 unidades que saíram de fábrica no mesmo período do ano passado.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, atribui essa queda não só à crise dos semicondutores, mas fatores externos da indústria, "como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de Covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global".
Aumento da produção em junho
Por outro lado, a indústria automotiva produziu 203,6 mil veículos em junho - volume 21,5% maior em relação aos 167,5 mil exemplares fabricados em junho de 2021. Os licenciamentos, porém, não acompanharam a alta e registraram queda de 2,4% no sexto mês de 2022.
Comércio segue no vermelho
Mas a situação foi ainda pior no resultado acumulado do ano. Entre janeiro e junho, foram vendidos 178,1 mil veículos. O total é 14,5% menor do que o compilado no mesmo período o ano passado. A entidade afirma que o volume mais baixo nas vendas é reflexo da falta de oferta de veículos e se trata de um fenômeno mundial.
Expectativa de crescimento
A boa notícia é que a Anfavea prevê um aumento no volume de produção para 2022. Porém, ele deve acontecer em ritmo bem menos acelerado do que se apostava no início do ano. Agora, a projeção de crescimento é de 4,1% sobre 2021. Em janeiro de 2022, a associação acreditava que a indústria expandiria a produção em 9,4%.
Nas vendas, a projeção é ainda mais tímida, com crescimento de apenas 1%, praticamente estável. Além das limitações na produção, a entidade acredita que o aumento desenfreado da inflação e dos juros no Brasil, bem como a restrição ao acesso de crédito poderão impactar negativamente o comércio.
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